O começo do ano vem com muitas promessas.
Tem gente que passa o final de ano novo com cueca amarela para ter dinheiro no ano seguinte: termina o ano endividado.
Mulheres prometem nunca mais serem iludidas: voltam com o ex.
Intelectuais prometem passar no vestibular: são eliminados na primeira fase da FUVEST.
Prometem ler mais: a série da moda do Netflix acaba com todo o seu foco.
Pretendem aprender inglês: após duas ou três semanas desistem do Duolingo ou Babbel.
Querem aprender cálculo: no final do ano não sabem o que é uma derivada.
Tenta escrever um livro, mas desistem após o primeiro bloqueio criativo.
Pensam em ter paz, mas vivem discutindo futebol e política com os amigos (aliás este é o ano de copa, eleições e o Mundial do Palmeiras).
Emagrecer 18 kg? Emagrece um quilo e meio num mês, no outro engorda o dobro.
Tocar instrumentos ou pintar um quadro? Arranham, desistem ou ficam só no esboço.
Enfim, tantas expectativas e promessas para o ano. Mas e se as pessoas prometem não fazer promessas?
Já é um tiro pela culatra, pois se prometer não fazer promessas já é uma promessa e aí se vê um paradoxo.
Talvez as promessas sejam um norte para as metas e renovem as esperanças de cada dia, um dia.
Porém, no meio do ano já as esquecemos e ao final do ano fazemos novas promessas, que nada mais são que as promessas antigas com uma nova roupagem. Nada de novo debaixo do Sol.
Desculpe o atraso, mas estive ocupado:tentando cumprir promessas, é claro! Feliz 2022.
Guilherme Felipe Agapto
03/01/2022
Nenhum comentário:
Postar um comentário