terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

QUARTO DE DESPEJO: HOMENAGEM ˋE ESCRITORA CAROLINA MARIA DE JESUS

Em nome da Carolina
Que coletava papelão em cada esquina
Tinha na favela
A morada dela. 

Vida difícil, vida de favelado
Não poder ter a felicidade ao lado
É como a fome que persegue os pobres
É como o nome que dignificam os nobres. 

As letras daquele diário
Que contém fatos retirados
De uma realidade dos proletários
Que tem seus dias contados. 

Tomara que Carolina
Seja lembrada
Para cada exposição à cartolina
Ou mural seja ela mencionada. 

As favelas de hoje
Ou nas cidades afastadas no interior. 
Tem a ausência do poder que os pobres não ouvem:
Só escutam do poder o detentor. 

Na favela ou na roça
Há sofrimento
Pessoas catando recicláveis de carroça
Ou colhendo batatas no sol à pino neste momento. 

As lavouras,as roças 
E as favelas
As pessoas com calças rotas 
E a pobreza delas. 

É difícil viver neste país
Quando não há liberdade
De falar, pois o que se diz
Pode dar prisão pea autoridade. 

Aquele diário
Feito na década de sessenta
Faz com que cada horário
Seja a luta por algo que se tenta. 

Pensar naquela leitura
Uma escrita num ato de bravura
Refletir naquele livro de realidade 
Que se passam nas periferias da cidade. 

Aquilo é complicado
De fato é deixado de lado. 
O cotidiano
Das favelas é deixado em segundo plano. 

Este livro "Quarto de despejo"
Não é um hino sertanejo. 
É uma severa realidade
Uma literatura de verdade

E que demorou a ser lida 
Pela sociedade
Mas mostra a vida 
Com notoriedade. 

Que Carolina seja desbravada
Para que a vida seja resgatada
Principalmente na favela
Que não pode ficar com esta miséria. 


Guilherme Felipe Agapto
27/01/2021



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